THOUSANDS OF FREE BLOGGER TEMPLATES

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Capítulo XXXII ♥ ♠ Triste Retorno ♣ ♦



Emily estava novamente na região montanhosa. Ela mal conseguia enxergar com a ventania – que parecia mais forte que outrora. Estava com um medo infinito de cair, e os ventos pareciam a controlar.
Suas pernas se moviam com muito pesar. Ela colocou o braço na frente do rosto para poder ver, e assim encontrou a entrada para a caverna do grifo logo á sua frente. Entrou o mais rápido que o forte vento permitiu.
O lugar parecia morto. Emily olhou para a escadaria, que sumia na escuridão. “O que ou vou fazer agora?” ela pensou, já revirando os bolsos procurando sua lanterna.. Olhou para os lados, e um dos quadros entre a hera da parede, chamou-lhe a atenção.
Ela afastou os ramos da planta e agarrou uma moldura, que carregava dentro de si o desenho de uma lamparina, que brilhava fortemente. “Pensei que era a luz de lá de fora... Agora pelo menos economizo pilhas, sem falar que ilumina melhor que a minha lanterna”. Disse para si.
Com o quadro debaixo do braço, foi descendo as escadarias. Aquele lugar pareceu-lhe mais frio que da ultima vez que o visitara. Mais alguns conjuntos de degraus e logo estava onde haviam encontrado o grifo pela primeira vez, mas nada havia lá.
- Grifo, você está aí? – a menina disse timidamente.
Olhando o lugar, ela observou que havia em espaço em relevo para um quadro do exato tamanho que ela segurava. Para teste, Amy encaixou a figura na saliência, o que fez com que diversos outros quadros de lanternas passassem a iluminar a caverna circular. Isso fez com que Emily visse que, entre duas rochas em um canto, havia um estranho ninho feito de galhos, que se intercalavam firmemente. Dentro deste, haviam folhas secas e ervas, com algo entre, que a garota apenas pôde ver após agitar o conteúdo do ninho.
Eram três ovos. Ovos bem redondos, que mais pareciam bolas de ping pong do tamanho de maçãs.
Assustada, e sem deixar de encarar o chocante desconhecido, ela também viu mais uma coisa no meio das folhas e ervas, e estendeu seu braço para agarrar um grosso papel pardo, escrito com letras muito bem desenhadas.
Era uma carta. Conforme lia, lágrimas corriam pelo rosto de Emily, enquanto ela soluçava. Seus olhos estavam tão carregados que mal podia ler.
Após terminar, uma onda de fraqueza subiu pelas pernas de Amy, o que fez com que ela caísse no chão, aos prantos.
- Gato? Gato? – gritou repentinamente, torcendo para que o animal aparecesse.
Seu plano era o de pedir ao grifo que a levasse até o felino, porém agora não iria funcionar. Sem raciocinar com muita clareza, Emily apenas conseguiu pensar em voltar para sua casa e deixar a conversa com o gato para depois. E assim deixou o espelho ao chão e tocou levemente seu reflexo, segurando a carta já meio amassada na outra mão.
Levantou-se em seu quarto e logo saiu de sua casa, carregando conssigo a carta e o espelho. Corria triste pela rua, na direção da casa de Jeanine. Seu coraçãozinho batia fortemente no peito, tão forte que Amy quase podia ouvir cada batida. Ouviu sua mãe gritando algo, porém não conseguiu distinguir as palavras, apenas corria, sem muito controle de si.
Correu sem parar por volta de vinte quadras, até que chegou ao portão da casa de Edgard e Jeanine.
- JEA! ED? JEAAA! – gritava a plenos pulmões.
Os dois irmãos surgiram, assustados, na porta, seguidos por uma mãe ainda mais assustada ao telefone.
- Emily, o que foi? Sua mãe ligou aqui, está conversando com a minha até agora! – Jeanine disse, abrindo o portão, enquanto a outra jovem respirava ofegante, aos prantos.
Entraram todos. Os garotos foram logo ao quarto da jovem.
- Mãe, traga um copo de água com açúcar para ela – disse Edgard.
Sentada na cama, e com os cabelos acariciados pela amiga, Amy começou a se acalmar. Os dois irmãos logo expulsaram a mãe da conversa, mas sabiam que ela escutava tudo do outro lado, preocupada não só por si, mas pelos pais de Emily também. Como sabiam que ela nada iria entender, conversavam sem hesitação.
- O que aconteceu? O que aconteceu quando você entrou dessa vez? – Jeanine indagou.
Emily chorava e soluçava que mal conseguia falar, porém logo as palavras saíram de sua boca como chicotes e atingiram os outros dois como um forte soco no estômago:
- A Rainha descobriu que o grifo despistou o exército dela. Ela decapitou o grifo.


♥ ♠ Continua ♣ ♦

0 comentários: