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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Capítulo XXIX ♥ ♠ Retorno ♣ ♦


Os jovens corriam e corriam. A respiração de David ofegava muito, e mesmo assim tentava manter o ritimo carregando o colega de infância ferido ao colo.
As árvores começaram a se apresentar mais distantes umas das outras. A floresta foi se tornando menos densa, até que chegassem a uma clareira, onde ao longe podia ser vista uma bela casa com um muro baixo, que mostrava uma pequena horta. Em frente á casa os outros três fragmentos aguardavam em pé.
Ao notar a precariedade do caminhar do grupo, Jeanine, Edgard e Carol correram na direção dos jovens, enquanto David fazia o máximo de força que conseguia, com suas energias já quase esgotadas, tentando se manter em pé.
- Oh, minha nossa! O que aconteceu com vocês? – Jeanine questionou, já ajudando Natalie a carregar Amy,
Edgard correu logo em direção ao outro garoto, tomando Bill em seus braços, enquanto David caiu exausto na grama.
- É uma longa história. Esse lugar está pior que imaginávamos! – Emily afirmou, enquanto Carol levantou e jogou o braço do fragmento caído por cima de seu ombro. – Qual seu plano?
- É o seguinte – começou. – Lembra que o Robert falou que deveríamos quebrar o espelho do coelho? – Jeanine indagou.
- Sim, lembro. – Amy respondeu.
- Então eu pensei em vir aqui na casa do coelho branco procurar pelo espelho, já que ele não estava carregando nada quando foi nos buscar – explicou.
- Mas e se ele estivesse com o espelho em algum bolso do colete? – Emily não se conteve em perguntar.
- É. Tá. Foi um tiro meio que às cegas. Mas acho que a gente só tinha isso de pista para sair daqui – disse, ainda assustada com a situação dos jovens. – E depois, eu estava certa! O coelho entra e sai pela toca na praça, mas ele precisa se ligar ao Robert de alguma forma...
Estavam passando pelo portão de madeira, seguindo um curto caminho de pedras até a porta da casa do caçapo branco. Bill soltou um longo gemido dolorido.
- Brilhante. Então vocês encontraram ou não uma saída? – Natalie interpelou.
- Sim, mas eu achei estranho a rainha não ter mandado os guardas atrás de nós, ou o coelho ter aparecido por aqui – a garota admitiu.
- Eu acho que sei por que os guardas não vieram atrás de vocês – Emily contou enquanto andavam. – A Rainha ficou puta por causa do que eu disse na mesa, então ela mandou os guardas que estavam com ela em minha direção. Como ela pensou que o plano do chá dela era infalível, não se importou em reforçar a segurança.
- É. Faz sentido – Jeanine concordou, atravessando a aconchegante sala e abrindo a porta ao quarto do coelho. – Mas será que nunca imaginariam que o Robert nos contaria sobre o espelho e que viríamos para cá?
- A resposta é simples, minha cara – o gato falou, em cima do guarda-roupa, o que fez com que as jovens se assustassem. – O grifo foi até a rainha e disse que viu vocês correndo na direção da fortaleza das portas. Ela deduziu que pretendiam encontrar uma saída por lá e assim ordenou que seu vasto exército comandado pelo coelho procurasse vocês naquelas bandas.
O felino deu um leve sorriso e saltou para a cama ao lado do guarda-roupa.
- Ela só não teve tempo de avisar o raso exército que levara ao chá, por isso vocês encontraram problemas pela floresta – declarou.
- Tudo aconteceu tão rápido! – Emily disse, de voz ondeada. – Gato, nós vamos voltar analisar tudo o que aconteceu hoje direito, só que agora precisamos ir. Agradeça ao grifo em nosso nome. E somos muito gratos a você também!
- Vão! Vão curar seus ferimentos. Deixamos as respostas para depois... Apenas não se esqueçam que as respostas são muito importantes caso queiram chegar ao fundo disso tudo – o felino disse enquanto ia desaparecendo gradativamente.
Voltaram-se para a cômoda, onde um grande espelho os refletia.
- Vamos logo! – Amy disse, fechando os olhos e tocando seu reflexo.
Ela os abriu. Sem muita demora reparou que estava em frente á biblioteca. O sol surgia lentamente no horizonte, pintando o céu com cores quentes e vivas. Ao olhar para trás, viu os outros fragmentos de Alice olhando para ela, enquanto mancava na direção de um banco para apoiar-se, suspirando.
- Precisamos ligar para o hospital! Agora! – Edgard bradou, segurando o garoto desmaiado e ferido em seus braços enquanto Jeanine olhava fixamente para um orelhão na esquina.



..::Continua::..

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