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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Capítulo XXXI ♥ ♠ Decisões, Difíceis Decisões ♣ ♦


- Escuta, Carol. Acho que a gente precisa conversar. Não falamos mais no que aconteceu desde os cogumelos brilhantes e acho que a gente deveria resolver isso – Edgard começou, com um calafrio gélido na barriga, e o coração disparado.
Caroline apenas balançava a cabeça positivamente. O garoto começou a gaguejar, com a voz trêmula.
- Eu gostei de você desde que te vi pela primeira vez. Você é bonita inteligente e...
- Calma. Eu também gostei de você desde a primeira vez que olhei para seus olhos – ela admitiu, o que fez com que as pernas de Edgard fraquejassem.
- Você... Você quer ir comigo no cinema do shopping? – Ed. disse quase atropelando as palavras com o nervosismo.
- Eu nem sei o que falar. Eu acho que isso tudo do País das Maravilhas é grave demais para a gente ficar fingindo que está tudo bem e sair passear como se nada estivesse acontecendo – Caroline explicou.
- A gente não precisa fingir que nada está acontecendo. Só que eu acho que a vida continua, então não podemos viver só em função disso, sabe? – o garoto falou, tímido.
Os dois ficaram se encarando nos olhos por alguns segundos. Seus rostos foram se aproximando e seus lábios se encontrando em um longo e apaixonado beijo, que atraiu a atenção dos outros jovens exceto Natalie, que estava ocupada demais com sua mãe.
Afastaram-se e continuaram se encarando por mais alguns instantes, de mãos dadas.
- Tá. A gente vai. Amanhã vemos os horários do cinema e combinamos de ir – Carol concordou.
Nesse momento a mãe e o pai de Edgard e Jeanine entram pela porta do hospital, ambos com uma feição grave de preocupação. Os dois jovens se soltam e Ed. olha assustado aos pais.
Assim foi chegando o resto, e a confusão estava formada. Foi contada a versão que David sugerira, e assim os pais decidiram entre si que fariam um boletim de ocorrência, porém em geral, todos estavam muito confusos em relação ao que fazer diante daquela situação crítica.
Bill não estava nada bem. A facada da cozinheira não havia atingido nenhum órgão, mas Emily desconfiava de algo que haveria na lâmina.
Com toda aquela confusão, a garota chegou em casa quando já havia anoitecido, e foi logo para seu quarto, onde pegou o celular de uma das gavetas e ligou para o número de Jeanine. Não demorou muito e a outra jovem atendeu:
- Alô?
- Jeanine? – Emily chamou.
- É, sou eu mesma.
- Escuta. Meus pais não vão me deixar dormir na sua casa hoje, com certeza, mas eu preciso voltar para o País das Maravilhas o quanto antes para conversar com o gato – ela explicou.
- Emily, é muito perigoso e você sabe disso melhor do que eu – a garota disse com uma voz muito grave e depressiva do outro lado da linha. – É melhor você não fazer isso sozinha.
- Eu sei. Mas acontece que estou achando que, pelo que o doutor disse, tinha alguma coisa na lâmina da faca da cozinheira – contou. – Então vou lá conversar com o gato para ver se foi isso mesmo que aconteceu e se tem alguma coisa que a gente possa fazer.
- É muito arriscado! – Jeanine choramingou.
- É, mas lembra que o médico disse que Bill estava piorando? – Emily indagou. – Não tem erro. Eu vou, converso com o gato e volto logo em seguida pra gente solucionar isso.
- Amy. Tenha muito, muito cuidado. E assim que voltar, me liga, pelo amor de Deus! – a garota pediu, quase caindo no choro.
- É uma promessa. Até depois – e desligou, antes que Jeanine a convencesse a não ir.
A jovem parou por alguns instantes, olhando para os mapas contrapostos na janela, pensando no estado de Bill, e no fato que ele poderia morrer. Seus olhos marejaram quando ela lembrou de tudo o que acontecera em sua ultima desventura no País das Maravilhas, e no que aconteceria ao colega e qual seria sua conseqüência àquele lugar.
Angustiada, Emily foi até sua mochila e agarrou seu espelho. Pensava em entrar lá mesmo, pois acabaria nas montanhas e pediria ajuda ao grifo para encontrar o gato. Tomada pelo medo, a garota retesou-se a tocar seu reflexo, enquanto Jeanine chorava de preocupação, abraçada á Edgard, em seu quarto.



♥ ♠ Continua ♣ ♦

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