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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Capítulo XL ♥ ♠ Traçando um plano ♣ ♦



- Qual sua idéia Nat? – Emily indagou.
- É uma idéia bem simples, de desenho animado mesmo, mas que pode funcionar. Nós vamos ter que nos separar e procurar pelo cogumelo, separados, cobrimos uma área maior em um tempo menor – a garota contou.
- Mas e como vamos saber quando um achou? Seria meio que ás cegas decidir a hora de voltar. E se um encontrar rapidinho e deixar os outros correndo risco lá procurando por muito mais tempo? – David questionou.
- É por isso que precisamos das lanternas. Quem encontrasse balançaria a lanterna no ar e só pararia até as outras pessoas balançarem de volta – Natalie explicou.
- Não sei. Me parece perigoso! – o jovem tornou a reclamar.
- Eu nunca disse que não era – ela respondeu malcriada.
- É. Realmente me parece um plano viável. Vamos torcer para que dê tudo certo – Emily falou.
Um silêncio tomou o local da reunião por longos e intermináveis segundos.
- Quem queremos enganar – Jeanine disse já quase caindo no choro. – Alguma coisa com certeza vai dar errado!
- É nosso melhor plano até agora. Vamos fazer o seguinte então – Amy começou, com os olhos marejados. – Amanhã eu vou passar na loja depois da escola e vou comprar as lanternas para o David e para a Natalie, depois, à noite, nos reunimos na casa da Carol por volta das nove horas, nove e meia, então vamos para o País das Maravilhas. Lá, falaremos com a lagarta e vamos perguntar o que acontece quando um dos fragmentos de Alice morre com o charuto do homem ovo. Se sobrar uma pergunta, vamos saber quem é a menina que eles viram no shopping – apontou para os dois jovens que haviam acabado de voltar do passeio. – Depois nos separamos e procuramos pelo tal cogumelo! – Ao terminar de pronunciar tais palavras, duas espessas lágrimas correram pelas bochechas rosadas da garota.
Todos permaneceram calados, assustados com o que lhes poderia ocorrer quando entrassem no País das Maravilhas novamente.


♥ ♠ Continua... ♣ ♦

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Capítulo XXXIX ♥ ♠ Reunião ♣ ♦



A campainha logo tocou, e em menos tempo, Natalie e David estavam aconchegados no quarto de Jeanine. A garota havia se sentado ao lado de Amy, na cama, enquanto o jovem contentou-se com uma pequena cadeira de madeira avermelhada que fora retirada do conjunto da sala de jantar.
- Você acha que Carol e Edgard vão demorar muito a chegar? – ela perguntou para a anfitriã.
- Não sei. Quando conseguimos conversar com eles, já fazia um tempinho que tínhamos nos falado pelo telefone – a jovem sentada em frente ao computador respondeu.
De repente, Emily saiu do recinto rapidamente. Levantou-se da cama e atravessou o quarto em um único passo, e com a mesma velocidade que abriu a porta, a fechou, cobrindo ao rosto com seu outro braço.
Jeanine assustou com a reação repentina de sua amiga, e como em um reflexo natural, levantou-se da cadeira e foi atrás dela, deixando os outros dois colegas para trás, seguindo para um breve corredor que levava para a pequena varanda de sua casa.
- Ei, Amy, o que aconteceu? Porque você ficou assim de repente? – disse em um tom de voz bem alto enquanto ia em direção à garota.
A jovem ouviu um leve gemido choroso lá fora, e sem demora, estava atravessando a porta da frente de sua moradia, encontrando uma Emily quebrada, triste e bisonha, encolhida em um canto com o rosto entre os joelhos.
- Amiga, o que aconteceu, porque você ficou assim? – tornou a indagar.
- Eu não quero dizer que você ou Edgard, ou qualquer um aqui não esteja sofrendo ou passando por momentos muito difíceis. Só que as coisas que eu vi, que eu presenciei... – a garota desabafou entre choro, sem olhar para a amiga.
- Eu sei, eu entendo você. Foi você que encontrou a carta do grifo, foi você que foi procurar o gato por si só, foi você que presenciou aquele pesadelo horrível na casa da Duquesa e ainda teve coragem de sobra para cuidar dos três outros fragmentos, quando sozinhos, tenho certeza que iriam acabar morrendo lá nas mãos da cozinheira. Dá para entender muito bem a sua angústia Amy. Só que é bem aquilo que você acabou de me dizer... Todos nós estamos vivenciando isso juntos – Jeanine disse, com voz serena. – Estamos enfrentando tudo isso unidos, e unidos sairemos bem dessa enrascada!
Emily levantou sua face para encarar a colega, que já estava ajoelhada ao seu lado.
- Não tenho tanta certeza que vamos ficar tão bem assim. Tivemos muita sorte até agora! – disse, melancólica. – Eu me desgastei, alguma coisa se quebrou.
As garotas se abraçaram, abaixadas na varanda.
- O que está quebrado, Emily? – Jeanine questionou.
- Eu estou. – a outra jovem respondeu, aos soluços.
Um som de passos apressados afastou as amigas, e recompôs Amy.
- Jea? – Edgard gritou ao portão quase sem fôlego.
- Vocês deviam ter vergonha de si mesmos! – Emily censurou, rabugenta.
- Deixe a bronca para depois! Temos coisas muito importantes para contar! – Carol apartou.
Imediatamente estavam todos reunidos novamente no quarto. Quando a porta se abriu, todos se depararam com um desconsolado abraço entre Natalie e David, que pareciam estar muito tristes também.
- Olha. Vou ser bem franco com todos vocês – Ed. começou. – Eu e a Caroline meio que marcamos um encontro a um tempo atrás, lá no hospital. Então combinamos e tal, aí hoje a gente foi até lá no shopping para passear, arear a mente, tentar, não sei, esquecer tudo isso aqui por um minuto sabe? Só que quando estávamos lá, encontramos a pracinha que tem lá ao ar livre, em reforma. Tinha umas tábuas de madeira revestindo tudo por lá, e tinha também um buraco. Pelo buraco, eu e Carol vimos lá dentro da construção, a menininha loira e de vestidinho azul que ela viu na igreja. A menininha estava segurando uma vela preta acesa. Foi muito estranho – concluiu.
- Não sei. Essa garotinha deve ter alguma coisa a mais de importante! – Natalie comentou.
- É, provavelmente tem! – David concordou.
Todos ficaram emudecidos por alguns segundos, maquinando as informações que o garoto acabara de passar.
- E o que você tinha a dizer? – Caroline indagou.
- Eu descobri como vamos salvar Bill. Mas vai ser muito, muito difícil! – Emily iniciou. – E além disso, também descobrimos que o coelho, quando fica no nosso mundo, deixa Robert enjaulado lá no País das Maravilhas, mas lá, ele tem um grande informante, além do gato.
- E quem seria esse informante? – David perguntou, levantando uma de suas sobrancelhas.
- Não sabemos, ele não teve tempo de nos contar – Jeanine explicou.
- Então tudo bem, mas e sobre Bill? – o jovem tornou a inquirir.
- Bill precisa de um cogumelo muito especial que somente cresce na vila dos cogumelos que brilham. Só que, como vocês viram aquele dia, os cogumelos brilhosos colocam à pele, alguns segredinhos que estavam meio ocultos. Só que o gato me disse que depois de por os desejos que estão mais próximos da superfície, eles começam a revelar desejos mais complexos, até levar para a total depressão do interior das pessoas, portanto quem fica muito tempo por lá acaba, digamos assim, se matando – Amy explicou. – Então, precisamos procurar esse cogumelo com muita rapidez, precisamos bolar um plano que nos exponha o mínimo possível ao risco de acabarmos mortos por lá.
Mais uma vez o silêncio tomou o local, até que Natalie tomou a palavra:
- Talvez... Talvez eu tenha a solução – falou pausadamente.



♥ ♠ Continua... ♣ ♦