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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Capítulo XXXVIII ♥ ♠ Correio Eletrônico ♣ ♦


Jeanine e Emily estavam abismadas, bufando de pouco em pouco com a atitude de seus outros dois inalcançáveis colegas.
- Ele não falou mesmo para onde ia? – Amy indagou.
- Não. Eu acho assim que eles foram ao shopping, porque meu irmão gosta de lá, mas não tenho muita certeza.
- Eles não atendem o celular de jeito nenhum!
- Mas e os outros dois? – a outra garota perguntou.
- Natalie e David estão a caminho.
Enquanto dialogavam, Jeanine digitava a senha e confirmava sua entrada na caixa de e-mails. Emily deitou-se na cama, suspirando fundo enquanto encarava o teto.
- EI! Ei! – a jovem em frente ao computador gritou.
- O que foi? – Amy disse, assustada, enquanto sentava-se rapidamente na cama.
- Veja esse e-mail que o Robert enviou para mim! Ó, vou ler para você.
“Jeanine, temos um grande problema. Vou explicar bem resumido, desde o começo antes que o coelho volte. A Rainha Vermelha ficou muito, muito doente, todos achavam que ela ia morrer. Então ela foi notificada pela lagarta que quem fez isso foi a Rainha Branca, além de tudo ela comprou a cura. Agora ela está caçando a Rainha Branca e quer começar uma nova guerra. As guerras aqui são solucionadas em um grande campo, onde cada lote separado por rios, representa uma casa. Só para lembrar, o peão que atravessar os oito campos, se torna uma rainha. As pré-seleções começaram, vocês devem descobrir onde que está acontecendo logo! O gato me disse que ele não está conseguindo descobrir onde que é, pois a Rainha não divulga o local para todos. Sempre que ela usa mensageiros, não deixa que escapem com vida exatamente para que ninguém de fora descubra”.
- Por isso a duquesa matou o sapo e o peixe! – Emily exclamou.
- Vou responder o e-mail dele. Vou perguntar como que ele consegue descobrir tudo isso e onde que ele fica quando está no País das Maravilhas – Jeanine falou, já começando a digitar.
- Isso, pergunta sim!
Uma melodia de piano começou a soar baixa pelo quarto. As garotas se entreolharam.
- É o meu celular – Amy contou, retirando o aparelho do bolso e olhando para o mesmo. – E é do número da Carol!
- Atende! – a outra jovem sugeriu.
Emily pressionou um dos botões e levou-o aos ouvidos.
- Oi Carol – cumprimentou.
- Onde você está? – a garota questionou do outro lado da linha.
- Estou na casa da Jeanine, onde vocês estão? – ela respondeu com um tom de voz repressor.
- Estamos a caminho! Umas coisas muito sérias aconteceram! – Caroline disse, afobada.
- Venham logo! Já estamos esperando a Natalie e o David. Eu descobri como salvar o Bill.
- Já, já, então, estamos aí – a outra jovem disse, desligando.
- O que aconteceu? – Jeanine questionou, enquanto Amy guardava seu celular no bolso.
- Eu não sei, mas Carol parecia estar muito assustada.
Um estranho e breve som foi emitido pelo computador.
- Robert já respondeu! – a garota em frente ao computador falou, logo começando a ler o e-mail em voz alta.
“Quando estou no país das maravilhas, o coelho me mantém em uma jaula. Quem me passa as informações todas é o gato para eu me manter notificado, e algumas, como esta, ele disse que já tinha contado para a Emily, mas que não sabia se ela já tinha passado para o resto, então decidi notificar você. Algumas coisas quem me conta é”.
- Acaba aqui. Acho que o coelho começou a voltar então Robert teve que enviar e depois largar o computador no susto - Jeanine supôs.
- Esse gato é bem espertinho... – Emily comentou. - Mas quem será que conta as coisas para o Robert?



♥♠ Continua... ♣♦

terça-feira, 13 de abril de 2010

Capítulo XXXVII ♥ ♠ O Passeio ♣ ♦



- Você esqueceu seu celular? – Edgard indagou tristemente.
- Não esqueci... Deixei em minha casa de propósito. Mas se a Amy ou qualquer outro perguntar, esquecemos. Desliga o seu também – Carol implorou.
Estavam ambos andando por um longo corredor cercado de lojas. O garoto puxou o telefone do bolso e simplesmente deixou-o escorregar para dentro de uma das lixeiras.
- Não! Porque você fez isso? – a jovem questionou surpresa pela ação de Ed.
- Estou cansado de toda essa bosta de país das maravilhas, de Alice, de personagens que eram para supostamente serem fictícios tentando matar a gente.
- Entendo – Carol concordou.
- E é tudo tão confuso! Esse negócio todo do porque de estarmos lá me deixa sem cabelos! Alice se fragmentou, o país das maravilhas se materializou... Não consigo ver a relação! – ele desabafou.
A garota calmamente pegou sua mão, os passos foram desacelerando.
- Vamos esquecer tudo isso por enquanto. Vamos simplesmente tentar... esvaziar nossa mente. Por favor – disse, fitando-o nos olhos. – Eu não aguento mais!
Edgard sorriu. Eles logo voltaram ao passeio.
O casal entrou em uma das lojas de brinquedos, e ficou um bom tempo olhando as pelúcias. Carol levou uma câmera fotográfica digital, portanto tirou diversas fotos junto aos brinquedos, disfarçando para que os atendentes não percebessem. Ed. também fez o mesmo a pedido da jovem aos risos.
Foram a uma loja de roupas. Nada compraram, apenas experimentaram as roupas que mais lhe pareciam engraçadas. A jovem caiu na gargalhada quando o garoto apareceu usando uma jaqueta cor-de-rosa.
Estavam na fila para comprar sorvete quando Edgard fez uma sugestão:
- E se depois a gente fosse até aquela praça que tem na frente da livraria para tomar o sorvete? Lá no centro do Shopping onde é ao ar livre, sabe?
- Ah, claro! Eu gosto bastante de lá. Depois a gente dá uma passadinha na livraria. Vir no shopping sem passar lá é que nem se não tivéssemos vindo – falou, sorrindo.
Caminhavam pelo corredor de lojas lentamente enquanto conversavam sobre filmes e músicas. De repente Carol parou. Ed. prestou atenção, seguindo o olhar da garota. Era a praça a qual estavam indo, toda cercada por longas paredes finas de madeira, circulada com uma faixa amarela. Havia um segurança parado em pé lá perto. O casal foi em sua direção.
- Com licença, senhor – a jovem chamou. – Porque a praça está interditada?
- Estão fazendo uma reforma. O shopping estava tendo problemas com chuvas aqui dentro, me parece que os ralos não estavam dando conta – o homem respondeu.
- Ah, obrigada pela informação – ela agradeceu sorrindo.
O segurança apenas fez um aceno com a cabeça como resposta. Tornaram a caminhar ao redor do local.
- O que será que pretendem fazer? – Edgard perguntou.
- Acho que vão colocar algum teto, não sei. Olha... Tem um buraquinho na madeira ali – disse enquanto apontava com o indicador. – Da uma olhada no que estão aprontando.
O jovem concordou com um aceno e foi logo na direção que Carol apontou.
Lá havia uma pequena rachadura farpada na fina madeira. Ed. aproximou seu rosto e fechou um de seus olhos para poder enxergar melhor.
Ele viu as mesmas plantas de sempre, com os bancos de madeira avermelhada, o piso branco e a fonte no centro. Logo ficou espantado. Uma garotinha de cabelos dourados e vestido azul levantou-se detrás da fonte segurando em uma de suas mãos uma estranha vela preta acesa.
- Carol! Carol! – o garoto chamou quase que aos berros.
Ela se aproximou rapidamente com uma careta de preocupação.
- O que foi? O que foi?
- A garotinha que você viu. A que disse que... Ela está ali! – ele explicou tão rápido que parecia atropelar as palavras.
- Deixe-me ver – ela disse, aproximando o olhar na direção do buraco.
A única coisa que Caroline conseguiu ver foi um olho azul que os observava. A jovem se afastou.
- Quem é você? E o que você quer!? – gritou para o ar.
Uma fina gargalhada foi escutada como resposta. Tal gargalhada fez a espinha de Edgard gelar. Um estranho sentimento de angustia tomou conta do rapaz.
Carol espiou novamente pelo buraco e nada viu além da praça vazia.
O casal se abraçou.
- Quando a realidade se torna insuportável, as pessoas fogem para a fantasia. O que acontece quando a fantasia se torna insuportável e está em toda a realidade? – Edgard questionou-se em voz alta.
A garota nada respondeu, apenas abraçou-o fortemente, fechando seus olhos.


♥ ♠ Continua... ♣ ♦