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sábado, 29 de agosto de 2009

Capítulo V ..::Alice Liddell::..



Em pouco tempo já estavam as duas garotas em frente ao computador, com Edgard expulso do quarto.
- Olhe Emily. Alice foi baseada nesta garota, Alice Liddell, quando Lewis Carroll escreveu “As Aventuras de Alice Embaixo da Terra”, que depois passou a ser chamado “Alice no país das maravilhas” – Jeanine contou, conforme a tela mostrava textos e mais textos da pesquisa.
Amy acompanhava tudo com os olhos. Ela não esperava que Alice tivesse existido, mas por memória, conseguiu lembrar que já ouvira falar algo sobre isso há algum tempo.
- O que você encontrou sobre Alice Liddell? – perguntou á Jeanine.
- Na verdade não encontrei nada de muito extraordinário. Mas será que ela tem a ver com o que está acontecendo com a gente?
- Talvez – a garota começou -... Talvez a gente descubra algo, se voltar para o País das Maravilhas. Você já tentou voltar para lá desde a primeira vez?
- Não. Não sei se quero voltar lá. O gato me assustou bastante – Jeanine contou.
- Vamos! Hoje você vem dormir em minha casa e a gente entra.
Jeanine ficou séria, olhando ao nada. Estava com medo de entrar, e as palavras que o gato do sorriso disse lhe voltaram á mente: “Nada é o mesmo”.
Nada é o mesmo. Nada é o mesmo. Nada é o mesmo.
- E então? Vamos... Não posso fazer isso sozinha! – Emily implorou.
Nada é o mesmo. Nada é o mesmo. Nada é o mesmo.
- Tá! Eu vou – enfim disse.
As duas votaram a pesquisar. Trocaram de lugar algumas vezes, pois Emily sabia inglês, portanto lia os sites estrangeiros.
Mais algum tempo pesquisando e elas descobriram que Lewis fora acusado de pedofilia e que ele pedira Alice em casamento quando ela já estava crescida. A família da garota recusou.
Eles trocavam cartas, que depois viraram um livro de acusação. Mas para ambas, nada disso parecia justificar a presença delas no País das Maravilhas, também porque descobriram que Liddell era muito diferente da personagem, tendo a personalidade oposta.
- Talvez estejamos procurando nos sites errados – Emily disse, desanimada. – Vamos tentar alguma coisa do tipo, não sei, sonhos vividos, sonhos reais.
- Vou tentar – Jeanine disse também não muito animada.
Amy deitou-se na cama, esperando pelos resultados, até que ouviu uma exclamação de Jeanine.
- Ei! Ei! Ei! Veja o que encontrei!
A garota sentou-se e começou a prestar atenção.
- Quatro teorias dos sonhos – Jeanine leu em voz alta. – Primeira: Sonhos poderiam ser o reviver de emoções passadas em outras vidas, emoções que viriam junto de imagens desta vida.
- Que viajem! – Emily disse. – Não tem nada a ver.
- Não, continua escutando! Segunda teoria: Uma hipótese fantástica sobre o que poderia acontecer depois de morrermos. Agora vem a teoria que eu quero que ouça: Nos sonhos poderíamos "sintonizar" mundos paralelos que realmente existem. E ainda: Sonhos poderiam ser uma opção de viver o que os nossos outros "Eus" estão vivendo em mundos paralelos.
- Sim! Sim! – Amy disse, quase aos gritos. – Como se nós tivéssemos uma cópia nossa aqui e outra no País das Maravilhas!
- E Alice descobriu como sintonizar a gente com essas outras nós! O País das Maravilhas realmente existe! – Jeanine completou.
- Mas isso são só teorias, não é? Será que é algum especialista que escreveu isso? – Emily questionou, mais para si que á outra garota.
- Não. Parece ser um site mais pessoal. Mesmo assim, parece que se encaixa. Nós temos uma espécie de outras nós no mundo de Alice, isso já sabemos, e também descobrimos que fomos sintonizadas nesses “clones”. Agora a gente precisa descobrir o porquê disso.
- O gato talvez nos dê alguma resposta.
Após ouvir isso, Jeanine foi avisar a mãe que iria passar a noite na casa de Emily. Assim, começou a arrumar uma mochila com a ajuda da amiga. Edgard estranhou tudo aquilo, mas nada disse, até que viu o cuidado com que ambas tinham com os espelhos, sempre os carregando para onde fossem.
Jeanine colocou o objeto por alguns instantes ao lado de sua mochila apenas para acabar de se arrumar.
- Não entendo! Que espelhos são esses? – o garoto disse, se aproximando do objeto.
- Não toque nele! – as garotas gritaram ao mesmo tempo, o que o assustou.
Era tarde demais. Edgard já havia tocado seu reflexo.


..::Continua::..

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