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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Capítulo XI ..::Edgard Entra::..

Edgard estava deitado em sua cama, mas não dormia, olhava para o teto, pensando em tudo que estava acontecendo ultimamente.
O garoto ouviu um barulho repentino na porta de seu quarto e se assustou. Ele afastou as cobertas para poder olhar e viu que um coelho branco, de colete e luvas vermelhas, o observava.
- Venha, venha. Você não pode entrar por este lugar! – o coelho falou.
Edgard levantou-se mais que depressa e começou a seguir o coelho. Eles saíram da casa e adentraram as mal iluminadas ruas da cidade, rumo á praça. Ao chegarem lá, o coelho começou a acelerar seus saltos e entrou por uma toca entre as raízes de uma das árvores do local.
O garoto seguiu a criatura, mas ao encarar o buraco, amedrontou-se, pelo que Emily contara sobre os armários quase terem desabado sobre ela.
Mesmo com receio, ele entrou pela toca e logo estava caindo e caindo, assim como sua amiga fizera. Os armários estavam lá, com diversos objetos.
Edgard já caia há mais de minutos e já começava a se cansar daquilo quando de repente, impactou em um amontoado de folhas secas.
Assim que se sentiu firme ele logo saiu do caminho, pois sabia que aconteceria o mesmo que ocorreu com Amy. Não estava errado. Após um grande estrondo, o chão estava repleto de toras de madeira, vidro e geléia.
Estava muito escuro, portanto Edgard nada conseguia enxergar além de um brilhante sorriso logo á frente.
- Gato? – ele disse com receio.
- Sim. Sou eu mesmo! – o sorriso respondeu. – Não esperava que você fosse entrar Edgard.
Dois olhos começaram a brilhar em cima do sorriso enquanto o garoto se aproximou.
- Você já sabe como está esse país, mas assim como nós, não sabe o porquê ou como. Vou te contar algo e quero que avise suas amigas. A lagarta sabe de alguma coisa que nós não sabemos, pois seus cogumelos estão por toda parte no país das maravilhas, e uma vez conhecendo a língua dos fungos, ela sabe de tudo o que acontece por aqui – o gato disse, aos sussurros. – Mas antes de irem vê-la, recomendo que lhe comprem algum presente, e que vão armados, pois ela está tão corrompida quanto qualquer um no país das maravilhas.
- Como posso saber a quem confiar e a quem não confiar? – o garoto questionou.
- A solução ao que procura é simples: Não confie em ninguém. São poucos os que ainda não foram corrompidos e estes, podem ficar como todo o resto a qualquer instante – a criatura explicou. – Já está na hora de ir, jovem. E antes que eu esqueça de avisar, vocês logo serão todos chamados involuntariamente.
- Para o chá?
- Sim.
O sorriso e os olhos começaram a desaparecer quando Ed. gritou repentinamente:
- Espere! Alice é real?
- Quando você souber responder isso, provavelmente saberá o que acontece com este país.
Edgard sentiu sua mão pesar. Quando percebeu, era o espelho que causara aquela sensação de peso, e assim ele foi apalpando o objeto até que tocasse seu reflexo.
Estava desacordado no chão da praça. Rapidamente ele se levantou e começou a correr de volta á sua casa, e após um bom tempo estava lá. Não se deitou, sentou em frente ao computador e logo digitou tudo o que o gato dissera, palavra por palavra, com receio de esquecer algo no dia seguinte.
Assim que acabou, foi para a cama com os pensamentos a mil. Jeanine apareceu em sua porta, sonolenta, bocejante e esfregando um dos olhos.
- Ed.? O que aconteceu? – ela perguntou.
- Eu entrei oficialmente – ele disse.
A garota acordou como se tivesse lavado o rosto com água fria. Ele lhe contou tudo o que vira e mostrou sua conversa com o gato, deixando-a pensativa.
- Ok. O que há de errado? – Edgard perguntou. – Conheço esse olhar.
- Estou pensando em quantas outras pessoas por aí não tem a íris vermelha. Qual a conexão entre a gente?
- Acredito que podemos descobrir isso com a lagarta – o garoto disse olhando para a tela do computador.







..::Continua::..

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