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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Capítulo XLVI ♥ ♠ H ♣ ♦



Emily adentrou correndo os brancos corredores do hospital. Seu coração estava a mil, ela estava carregando consigo um estranho recipiente de plástico, do qual emanava um estranho cheiro adocicado.
- O horário de visitas acabou? – perguntou para uma enfermeira que estava em frente á uma grande porta pintada com uma tinta verde-azulada bem clara.
- Não – respondeu, retirando de Amy um suspiro de alívio. – Aqui, pegue seu crachá de visitante e não corra pelos corredores! Quem você veio visitar?
- Bill – a garota disse passando a fina corda do crachá por sua cabeça, para vesti-lo.
- Bill de que? – a mulher séria perguntou, enquanto fitava o que estava nas mãos da jovem.
- William Bortolazzo.
- Está na sala 15, no terceiro andar.
Assim que a enfermeira liberou a passagem, Emily disparou, andando apressadamente pelos corredores, em alguns momentos chegava até mesmo a correr, tamanho seu desespero.
Aquele local era muito grande e alguns ambientes do mesmo eram mal-iluminados, sem janela e com fracas lâmpadas brancas. O elevador comum estava fora de funcionamento, o que forçou Amy a subir vários conjuntos de escadas.
Ela passou por diversos corredores, que estavam com as portas abertas, porém, ao contrário da primeira vez que fora lá, nem se importou em olhar o que se passava nas diversas salas daquele hospital.
Logo viu uma pequena placa ao lado de uma das portas com o número quinze. Entrou. Bill estava adormecido em sua cama, ao seu lado estava um grande pedestal com um saco plástico cheio de um líquido branco amarelado, com um pequeno fio que ia direto para uma das veias do braço do menino.
Emily foi logo retirando um garfo de seu bolso. Ela abriu o recipiente, onde se encontrava um estranho tortulho gelatinoso todo avermelhado com manchas brancas por toda sua superfície. Ele era transparente, agora que já não brilhava mais era possível ver veias que cobriam toda a extensão de seu corpo por dentro.
A jovem pegou o talher e começou a amassar o cogumelo, transformando o mesmo em uma espécie de massa escorregadia e orgânica. Ela levantou a cama do rapaz, para que o mesmo ficasse numa posição mais ereta.
Com o garfo, ela levou uma pequena quantia do fungo na boca desacordada do rapaz, observando sua garganta para ver se ele engolia. Uma pequena elevação no pescoço de Bill indicou que o mesmo havia engolido, assim ela já preparou a segunda garfada com um leve sorriso de alívio em seu rosto.

Edgard ainda chorava sentado na cama de Carol, enquanto a garota lhe abraçava. Natalie e David estavam na cozinha, tinham pedido para beber água enquanto Jeanine saíra de encontro à Amy no hospital.
- Ei, já passou, já passou – a garota falava, enquanto seu coração pulsava violentamente em seu peito.
Ambos tremiam muito, estavam muito assustados com o que acontecera. Edgard além de assustado, estava também nervoso, por causa do segredo que revelara.
- Eu sei. Mas eu ainda estou muito agitado – ele disse, em meio ás lágrimas.
- Não se preocupe. No meio da confusão, ninguém mais te ouviu, só eu – ela contou.
- Ah, quanto a isso, nunca fui muito preocupado das pessoas saberem ou não afinal de contas, eu não pedi para acontecer. O único problema são os meninos, que tirariam sarro, com certeza, se soubessem – ele choramingou.
Natalie e David voltaram ao quarto e sentaram-se no chão, ambos também estavam com o coração acelerado.
- Eu não quero mais voltar lá! – Natalie admitiu, começando a chorar.



♥ ♠ Continua... ♣ ♦

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