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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Capítulo XLIV ♥ ♠ A luta com Ninguém ♣ ♦

Enquanto caminhava, a cabeça de Amy estava a mil. E não só a dela, os outros jovens também pareciam caminhar pensativos.
- Não acredito. Ela é um psicopata! – Natalie disse.
- Mas como você lembrou esse termo? – David indagou.
- Meu pai é psicólogo – ela contou. – E ele me disse que, um psicopata, ou sociopata, não tem uma noção muito grande de certo e errado, ele simplesmente vai lá e faz, são inconseqüentes por causa do ego grande, independente do que vai acontecer sabe. E eles são super inteligentes, por isso menosprezam os outros e se isolam.
- Tem certeza disso? – o garoto tornou a questionar.
- Não. Não me lembro bem o que meu pai me disse, mas foi algo mais ou menos assim. Acho que, como ela nasceu com toda essa maldade, ela deve ser uma espécie de psicopata. E ás vezes, independente do meio em que ela viveu, ela pode ter um senso afetado de bom e mau, por ter nascido da maldade de Alice – começou. – Muitos psicopatas se tornam o que são pro causa do meio em que vivem.
- Mas realmente esse pode não ter sido o caso dela – Emily concordou. – Eu dei uma estudada sobre isso.
- Como você pode estudar de tudo, mano? Que nerd! – Natalie exclamou, um tanto quanto brava.
- Se você não procura se informar o problema é seu – ela devolveu.
- Gente, será que a rainha banca é do bem? Ela parecia ser legal lá. Não, não é bem legal a palavra, sabe. Ela parecia... Estar fazendo a coisa certa – Jeanine perguntou aos demais.
- Para mim ela estava de aparências. Só para que a lagarta falasse o que ela queria sabe? – Emily observou.
- Ei, vocês escutaram isso? – Carol chamou.
Todos olharam para ela, que fez um sinal de silêncio com a o dedo indicador sob seus lábios.
Era um estranho som de passos. De repente Caroline foi ao chão.
- Ei, alguém me bateu! AI! – fora acertada novamente.
Edgard pôs-se à sua frente imediatamente, também sendo acertado na barriga, o que lhe causou uma grande dor, fazendo-o abaixar.
- Quem está aí? – ele gritou, enquanto era acertado no rosto.
Amy começou a pensar, repassou os dois livros até que encontrou quem os estava acertando.
- É o ninguém! Corre! – bradou.
Todos correram na direção em que estavam andando. Emily voltou, ajudando o casal a se levantar enquanto corriam, mancando. Uma pedra ergueu-se no ar e foi arremessada, acertando Edgard nas costas.
- Vamos! – a garota apressou. – ele não vai ser idiota de entrar no corredor dos fungos brilhantes, temos que ir, rápido.
Amy sentiu uma pancada em suas costas. Era mais uma pedra que fora arremessada.
- Vamos! Corre! Ele só vai parar quando... – começou.
- Eu posso enfrentar ele! – Edgard falou.
- Como que você vai lutar com ninguém? – Carol indagou, com a respiração ofegante.
David surgiu correndo na direção dos jovens.
- Vocês estão bem? – perguntou.
- Estamos sendo atacados! – Carol contou. – Continua correndo!
- Eu sei como podemos ver ele! – David disse, voltando a correr.
A velocidade do garoto foi aumentando, ele colocou seu ombro em frente ao seu corpo e deu de encontro com um grande cogumelo do tamanho de uma árvore que lá havia. A estrutura orgânica do fungo estremeceu, fazendo-o chacoalhar. Uma grande quantia de um estranho pólen saiu de seu topo, espalhando-se por todo o local, o que fez Emily e Edgard espirrarem quase que simultaneamente.
Entre o pólen, surgiu uma figura deforme, que afastava as partículas da poeira fungífera enquanto se movia.
David agarrou uma enorme pedra, que levantou com esforço. Ele retesou o pesado objeto e mirou.
A figura vinha em sua direção, fazendo o pólen se afastar. Ele arremessou a pedra, que acertou ninguém, fazendo com que a neblina que saíra do cogumelo ficasse estável.
Uma tossida em seco anunciou a presença de Jeanine.
- O que aconteceu aqui? – ela perguntou.
- David conseguiu... Ah, não tem nem como falar, mas ele provavelmente desmaiou a coisa invisível que estava perseguindo a gente – Edgard contou.
- É, é melhor irmos! Antes que a coisa acorde – Emily sugeriu pouco antes de espirrar novamente. – Onde está a Natalie? Todo esse pólen...
- Ela ficou esperando na trilha, melhor irmos, até minha garganta secou aqui – Jeanine falou. – Esse cheiro é enjoativo!
Eles tornaram a andar, um pouco mais depressa. Logo estavam longe da poeira, mas seu cheiro ainda podia ser sentido por causa dos outros cogumelos que os rodeava.


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Continua...
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