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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Capítulo XVII ..::Os Cogumelos Do Desejo::..


Após dizer isso, a lagarta se afastou, levando conssigo o fedor e parte da fumaça. Os jovens retornaram a andar, todos em silencio, raciocinando sobre o que a criatura falou.
- Será que o Robert é um dos oito? – Jeanine indagou.
- Acho que não. Ele deve ser somente um avatar do coelho branco para nosso mundo. Então já achamos cinco – Emily explicou.
Edgard fez uma careta de dúvida.
- Cinco? – Questionou. – De onde vocês tiraram esse um além de nós?
- A menina que eu vi, certo? – Carol disse.
- Ah, entendi.
- Não acredito que todos somos Alice – Jeanine permitiu-se dizer, com o olhar voltado para o infinito.
- Ok. Já sabemos o bastante, é hora de voltar para a casa. Logo, logo seremos chamados para o chá da rainha, e não vamos nos esquecer do que o Robert disse, não podemos beber... Agora que a lagarta disse que a rainha não gosta de intrusos em seu reino, faz mais sentido – Amy falou, puxando seu espelho pronta para toca-lo.
- Gente, o que é aquilo? - Caroline apontou, ao longe.
Um grupo de cogumelos de textura meio transparente brilhavam entre a neblina.
- Isso estava aqui antes? - Edgard perguntou.
Emily olhou para todos, que estavam encarando os estranhos fungos curiosos, até que, enfim disse:
- Não. Vamos lá ver o que é?
- Vamos. Caso algo aconteça temos nossos espelhos – Carol argumentou.
Começaram a descer na direção das luzes. Logo chegaram aos cogumelos brilhantes.
Os jovens estavam maravilhados com a visão. Cada um dos fungos possuía duas ou mais cores. O cheiro que exaltava deles era diferente do cheiro dos outros. Estes pareciam com um perfume doce parecido com um aroma de alguma flor.
Após algum tempo admirando tudo aquilo, Emily observou um sorriso no ar que a encarava.
- Gato?
- Sim. Vocês precisam sair desse lugar, agora! Ou então começarão a revelar tudo o que mais desejam, e certas coisas, até mesma a pessoa mais correta do mundo não revelaria de sua mente – a cabeça da criatura que flutuava próxima á um cogumelo azul e vermelho explicou.
Amy virou-se com seu espelho em mãos, segurando a haste firmemente. Ela já estava com seus lábios contraídos para dizer a todos que tocassem seus respectivos espelhos, quando parou, estática e boquiaberta.
Edgard e Carol se beijavam apaixonadamente, deixando-a sem reação. A garota começou a procurar Jeanine com seu olhar, e logo viu que a mesma também encarava o casal, espantada.
- Precisamos tocar nossos espelhos! AGORA! – Berrou.
Os dois abriram os olhos e notaram que estavam sendo observados. Seus lábios se afastaram, e a feição de ambos ficou corada.
- No três. Um. Dois. Três – Amy gritou, tocando seu espelho logo em seguida.
Um a um, os jovens foram acordando no quarto de Caroline.
- O que foi aquilo? – Jeanine começou a se indagar com a voz sonolenta.
Edgard levantou-se bruscamente e começou a andar em passos apressados na direção da rua, enquanto Carol continuou deitada, envergonhada e amedrontada.
- Isso não estava no livro original de Lewis! – Emily disse. – Nessa tal “concretização” do País das Maravilhas que a Lagarta falou deve ter algo mais, pois este local não existia na história!
- Talvez muitos ambientes desse País das Maravilhas sejam novos – Jeanine disse, ainda boquiaberta.
- Então não temos alguma peça do quebra cabeça! Está faltando alguma informação, algum detalhe!

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