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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Capítulo I ..::Emily segue o coelho branco::..


Emily estava sentada em um banco de tinta descascada na pracinha, em frente á uma padaria, que a fazia suspirar vez ou outra com o delicioso cheiro de pães. Ela estava esperando um amigo da escola, ambos estavam á caminho da biblioteca, pois deveriam procurar por um livro para um trabalho.
Cansada de esperar, Amy, como todos a chamavam, agarrou seu celular no bolso do jeans, discou o número do telefone do colega delicadamente e levou o aparelho ao ouvido. Ouvia as chamadas, ansiosa, esperando por ser atendida, o que não ocorreu.
Voltou a se sentar, bufando de tédio. Seus olhos estavam começando a ficar pesados, enquanto pensava: “Porque ele está demorando tanto assim?”.
Não relutou e fechou os olhos por alguns instantes, não viu o tempo passar, levantou a cabeça de repente, imaginando ter adormecido. Coçou-os fechados, circulando levemente com a ponta dos dedos.
Quando abriu os olhos novamente, assustou-se com a imagem que viu, jogando a cabeça para trás e fazendo um estranho barulho.
Um coelho branco estava no meio do jardim da praça. Se fosse somente isso, Emily não estranharia nada, o que mais a assustou foi o fato do coelho branco estar com uma jaqueta e luvas rubras e ainda um relógio de bolso antigo pendurado por uma corrente de metal ao bolso.
- Que gracinha? – deixou-se exclamar, mais soando como uma pergunta.
- Obrigado – ouviu o pequeno animal responder, o que a fez pular do banco de susto.
Amy ficou sem palavras, encarando o estranho coelho, assustada. Ele espiou as horas e suas feições mudaram rapidamente, parecia preocupado.
- Oh céus! Vamos, Emily, antes que seja tarde demais!
A garota nada conseguiu perguntar, mas queria saber para que seria tarde demais? Após alguns gaguejos sem nenhuma frase formada, o coelho tomou a palavra:
- Vamos! Vamos!
De pernas trêmulas, ela se levantou do banco e começou a andar em direção ao coelho, que ficou de pé e começou a correr pela praça.
“Devo estar louca!”, A garota pensou conssigo.
Começou a seguir o coelho, que depois de cortar toda a praça, entrou por um buraco que havia entre as raízes de uma árvore do jardim.
Amy lembrava de algumas histórias que lia quando era criança. Aquilo tudo parecia ser um estranho sonho como se fosse um dos livros infantis empoeirados dentro da caixa de papelão escondida em seu porão.
Ela aproximou-se da toca do coelho e receou entrar lá.
- Vamos! Vamos Emily! Precisamos de sua ajuda! – ouviu a voz do animalzinho ecoando pelo buraco.
Uma onda de medo invadiu a garota, mas á essa altura, já estava demasiado curiosa para saber o que havia embaixo da toca do coelho.
Ela sentou-se, colocando as pernas para dentro da toca e escorregou pela grama, começando a cair.
Caía, caía, caía. Parecia ser um buraco sem fundo, e ela olhava para baixo e não via o chão, o que a deixou com mais medo.
Fechou os olhos, até que sentiu algo roçando seu calcanhar, e os abriu. Era uma cadeira, que também parecia cair. Junto á cadeira havia um armário em queda.
- Isso tudo me parece tão familiar! – disse.
Olhou o conteúdo do armário, eram diversos potes com diferentes tipos de geléia. Ela logo ultrapassou o armário e continuou caindo. Havia diversos iguais aquele, alguns com livros, relógios e outras coisas.
“Nossa... Eu vou morrer!” pensou, quando viu que ainda caía, mas também não via o chão.
Em um dos armários, Amy viu que havia uma lanterna, qual agarrou e ligou, apontando para baixo, imaginando ver onde cairia, e viu um gramado forrado de folhas secas que se aproximava rapidamente.




..::Continua::..

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